29 de outubro de 2009

Não é mais da Tati

"Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre."

Não é mais da Naa

"E eu vou socar meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho."

21 de outubro de 2009

Em paz


Tem razão o poeta: “O amor é a coisa mais triste quando se desfaz.” É triste por causa do retrato: porque ele faz lembrar uma felicidade que se teve e que não se tem mais. O retrato é uma sepultura.

Rubem Alves in “O AMOR QUE ACENDE A LUA – Por que a rosa não mais floresce?”


16 de outubro de 2009

Milton Nascimento

Porque tem hora que eu sei que só ele me entende.

Veja esta canção
eu sei que só sei amar
e é este o meu destino
eu só sei amar, amar, amar
sou assim desde menino
quando a vida era um rio e eu nem sabia do mar
quando meu sonho futuro já era um dia cantar
eu sei que só sei amar
e o que mais quero e preciso é sempre, sempre
te amar

veja esta canção que existe dentro de mim
veja esta canção que existe dentro de mim
veja esta canção que existe dentro de mim


6 de outubro de 2009

A Idade da Razão - Sartre

- Recusas?
- Recuso - disse Mathieu desesperado. - Recuso.
Pensava: "Veio oferecer-me o que tem de melhor!"
Acrescentou:
- Não é coisa definitiva. Mais tarde...
Brunet deu de ombros.
- Mais tarde? Se você aguarda uma revelação interior para escolher, você arrisca esperar muito. Você pensa que eu estava convencido quando entrei para o Partido? A convicção forma-se...
Mathieu sorriu tristemente.
- Eu sei. Põe-te de joelhos e terás fé. Talvez você tenha razão. Mas eu, eu quero acreditar primeiro.
- Naturalmente - disse Brunet com impaciência. - Vocês são todos iguais, vocês, os intelectuais. Tudo desmorona, os fuzis vão disparar sozinhos e vocês, serenos, reivindicam o direito de ser convecidos. Ah! se ao menos você pudesse ver-se com os meus olhos, compreenderia que não se pode perder tempo.
- E então? Sim, o tempo passa, e daí?
Brunet deu uma palmada de indignação na coxa.
- Muito bem! Finges lamentar o teu ceticismo, mas não te desfazes dele. É teu conforto moral. Quando o atacam, a ele te apegas avidamente.