25 de julho de 2007

Palvras são erros,

e os erros são seus.

Spoiler

O maior de todos os tempos, diga-se de passagem.
No dia dos namoradoes eu assisti Dom, o que me deu vontade ler Machado de Assis. Mas, eu tenho uma história com esse livro. Desde os 12 anos eu começo a ler e não passo das primeiras páginas. Seja por causa da linguagem, um pouco demais para minha pré-adolescência, ou porque sempre apareceram livros com maior prioridade, ou porque eu já havia criado o bloqueio com o livro. Eu decidi então, superar isso e descobrir se o bendito Bento era realmente corno (já que o o filme deixa no ar). Comecei a lê-lo. Denovo. E dessa vez não quis pular o texto de Regina Zilberman, "Um casal nosso conhedio", que vem antes do enredo. Primeira página ok, segunda ok, na terceira vejo umas linhas sublinhadas e vem aquela tentação de ir direto para o parágrafo. Transcrevo-o:

"Seriam de esperar, da parte das personagens, o happy ending e, da parte do escritor, a execução do romance modelar. Mas Machado de Assis guarda uma surpresa para o final: o casamento fracassa por que Bentinho supeita, e depois tem certeza, de que Capitu o traiu com Escobar, seu melhor amigo"

Ainda bem que Machado é bem melhor que isso, e eu já estou na página 75, capítulo XXXIX, A vocação. Mas agora alguém me explica como uma pessoa conta o final do livro na introdução?? INTERROGAÇÃO.

:)

20 de julho de 2007

Dramática

Eu tinha um bloqueio, que afastava minhas boas idéias do papel e da caneta. Esse bloqueio impedia a existência palpável do meus poemas, crônicas e afins. Tinha idéias, conhecimento, vontade, mas faltava algo. O bloqueio chamava felicidade. A falta chamava dúvida. Convenhamos, nenhuma pessoa completamente feliz escreve bem, afinal todo poeta só é grande se sofrer, conforme Vinicius. E agora que eu sofro, agora que não existe mais nenhuma certeza, nenhuma verdade, as palavras tonam-se facilmente frases. As frases, textos. Os textos, fugas.

"Ópios, éters, analgésicos
Não me toquem nessa dor
Ela é tudo que me sobra..."
Dor Elegante - Zélia Duncan
Itamar Assumpção e Paulo Leminski

17 de julho de 2007

O segundo post.

Eu me irrito às vezes com a realidade de plástico do Orkut. Todo mundo tá feliz / Todo mundo tá legal. E me irrito mais ainda com esse início clichê de redação de vestibular: Hoje em dia... Hoje em dia o caramba! (Parece o Lula e as aulas de história que ele não teve). As coisas sempre foram assim. Então aí me Fernando Pessoa, ops, Álvaro de Campos e comprova:
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus amigos têm sido campeões em tudo.


(...)

Toda a gente que eu conheço e fala comigo
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida…


Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?

Ó principes, meus irmãos,

(...)
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.


Poema em Linha Recta - Álvaro de Campos

Ou seja, se tivesse sites de relacionamento em 1900 eles seriam bem parecidos com os de hoje em dia.É, nada muito inovador...

Título.

Mas a verdade é que eu tenho manias. Mania genitora de não "fechar nenhum ciclo" como diz minha mãe. Eu começo e não termino, um suco, um caso, uma idéia. A água não se mistura com o pózinho do Tang, os amores são mal gastos e eu esqueço senhas. E as vezes até o login, assim saboto minhas próprias idéias.
Mas aquelas sequência de clicks, que só a internet pode proporcionar, me trouxe aqui. Aquela sequência de clicks, a descoberta do que eu já sabia, a falta do que fazer e o fato de eu só poder postar uma vez no dia no fotolog.net. Então, eu decidi aceitar o conselho Sr. Orkut e vender minha idéias, afinal elas são totalmente aceitáveis. :)

Sequência de clicks: Orkut > Editar Feeds > Olhaaa, meu blog!

Eu amo prints.